quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O canto da Sereia...



Ele caminhava tranquilamente. Era apenas mais um dia qualquer. Uma manhã estressante de trabalho. Um tempo para descansar. Mas naquele dia, ele resolveu mudar. Não quis ir ao mesmo lugar que vai todas as manhãs.O que isso ia influenciar na sua vida, ele só descobriu depois. Mas ai já era tarde...

Distraído, pensando em coisas que não vem ao caso, sua cabeça de repente parou, uma música lhe chamou atenção, uma voz lhe fez suspirar, uma lembrança lhe tomou a mente, sim, a mesma voz que há tempos não escutava, as lembranças daquele dia voltaram, como flechas atiradas ao céu, estranhamente ele lembrou, que nesta mesma data, ele passava neste mesmo lugar, com a mesma tristeza, mas algo o chamou atenção, era uma estrela, não dessas que ficam penduradas no céu, mas uma estrela de carne e osso, uma reação que nunca pode explicar, até tentou achar solução para tal acontecimento, mas nada justificava aquela emoção, aquele momento de felicidade instantânea.

Ele nunca tinha visto ela na vida, ela nunca o notou, mesmos assim as coisas pareciam estar definidas, talvez ela tenha ido para casa ou para um quarto de hotel naquela noite , mas para ele nada foi igual, não conseguia tirar aquele rosto, aquele olhar, aquela voz de sua cabeça, tentou achar uma solução para sua loucura, mas nada resolveu, como se algo lhe mostrasse o que fazer procurou encontrá-la, se comunicou, ela respondeu...

Não sei bem ao certo o rumo desta louca história, mas ele precisava de algo que o surpreendesse, ao cometer essa loucura se tornou mais vivo, acreditou mais em si mesmo, lembrou de quando fazia as coisas acontecerem, deixou planos e sonhos voltarem a florescer, mesmo não sabendo o nome dela, ele continua a pensar, imaginar, delirar, observar, sem saber até quando, um dia ela irá embora,  e de novo a esperança irá ser guardada na memória, mas enquanto este dia não chega ele passa naquela mesma rua, só para ver ela novamente, escutar sua voz embora ela não cante para ele, olhar nos seu olhos ainda que ela olhe para outro lado, enfim algo inexplicável e ao mesmo tempo tão simples, enquanto isso eu fico aqui, tentando escrever esta louca história, onde ele sou eu, e ela... ela é um sonho...


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sentido






Corra, a estrada está escura, não olhe pois essa não é a sua cura, o mal que te alimenta, não é a nossa janta, o amor que nos sustenta não fica preso na garganta, vivo o que for melhor para viver, não venha me falar o que te faz sofrer, pense, enfrente, mude, acorde, tente, A luta é um esforço, faça diferente.


Não, não vai agora, essa ainda não é a sua hora, chega de problemas que insistem em voltar, fique um pouco mais espere eu acordar, viver e não olhar pra trás, pois a escolha que tomamos, é o que nos satisfaz...

Entenda, quando eu falo coisas sem nexo ou tolas, não se tratam apenas de simples palavras soltas, acredite no que eu digo, não faça o que eu faço, apenas concorde, fale, reclame, brigue, só não me deixe perdido neste espaço, espaço sideral, espaço, falta espaço no meu quintal, a planta que ontem estava ali, hoje já não esta mais, passou um vento forte, me deixou sem rumo, sem porto, sem cais, o que adianta ficar preso na gaiola, enquanto a banda toca, Pixinguinha, Sombrinha, Cartola, mestres da sua geração, fazem falta, falta amor, saudade, esperança e paixão, das rimas de Arlindo Cruz, falta um pouco de cadência, no samba sobra ritmo, no funk falta decência, pra encerrar o assunto sem assunto definido, nada passa, nada falta, nada sofre, nada sobra, nada morre, aquilo que hoje não faz sentido, amanhã não se promove...

NÂO FAZ SENTIDO...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Flores e Espinhos...


Começa a história. Na primavera o sol nasce, abrilhantando as flores que hoje estão murchas, não pelo tempo, nem por falta de carinho, mas pelas vezes em que a flor foi pisada, foi reduzida a pétalas por um passo, um pegada suave, mas destruidora.

Era inverno, o vento gélido e cortante soprava.
Aqueles dias em que a vontade de sair de casa é quase nula, mas a obrigação do cotidiano fez com que ele despertasse, meio desajeitado, com cara de poucos amigos, ele levantou, procedeu com sua rotina matinal, após um banho quente finalmente ele acordou, parecia um dia qualquer, tudo estava normal, tomou seu café, olhou as noticias do jornal, Rio de Janeiro em guerra, terminou seu café por ali mesmo, parecia que a noticia tinha o abalado, impaciente pegou suas roupas, negras como a noite, o telefone toca.
- Alô...   Sim sou eu mesmo...
- Quê??...( silêncio)
- Já estou indo para ai!..
Em outro ponto da cidade, o frio parece mais gelado do que o normal, no calor da festa ela nem sabe aonde acordou, aquela não era sua casa, nem sua cama, aquele não era seu cobertor, o frio era intenso, o vento parecia a estrangular, levantou meio depressa, olhou em volta , nada parecia ser conhecido, suas roupas estavam rasgadas, essa era a razão do seu corpo estar quase congelado,  saiu na rua, tudo estava quieto, as ruas estavam vazias, pensou se aquilo não era um sonho, mas logo obteve a resposta.

Após mais uma noite de sono sozinho, ele já nem pensa mais no passado, poderia ser mais feliz agora, mas escolheu, teve a chance.
Ela só pensa no que fez na noite anterior, com quem dormiu, aonde estava, como foi parar ali, mais uma vez ela se arrepende, devia ficar sozinha, mas foi a sua escolha, teve sua chance.
Ao chegar no seu local de trabalho, logo percebe que o clima está diferente, a tensão ocupa o lugar da tranquilidade, ele sabe o peso da sua responsabilidade, comandar o batalhão da tropa de elite não era fácil, já havia passado por situações de extremo perigo, mas nada como a que ele iria encarar...
De volta ao quarto desconhecido, ela procura algo que sirva de roupa, vasculha os armários, encontra um camisa amarrotada, que logo lhe cobre o corpo inteiro,  quer sair, ouve vozes, mas não consegue ver nada, fica assustada, tenta gritar, mas não é escutada...


Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?
Eu nem sei porque me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim


 Dia 28 de novembro de 2010,

Começa a incursão ao morro denominado "Morro do Alemão", a situação é tensa, o batalhão de elite da policia do Rio de Janeiro é liderado pelo Capitão Oswaldo de Andrada, 35 anos, Solteiro.

As últimas noticias recebidas pela frequencia de rádio, informam que a equipe foi surpreendida por um grupo de traficantes em um dos becos da favela... Aguardamos novas informações...


Ele parece confuso, algo lhe tirou a atenção, ele sabe o que fazer, mas não consegue... Todos esperam a sua confirmação, mas o peso da sua mão parece triplicar, começa a perder o sentido, mas consegue se recuperar, a tempo de ver o reflexo de uma bala calibre 7.92 avançar pelo céu até sua direção...
Ela parece não saber mais o que fazer, todas as tentativas falharam, seu rosto imerso em lágrimas, já não tem a mesma expressão feliz da noite anterior, de repente algo fica diferente, um barulho se destaca, parece um tiro, seu corpo fica tenso, um frio lhe percorre a alma, começa a lembrar de tudo que já fez, lembra de quando era pequena, do dia em que a morte lhe bateu a porta, quando tudo era escuridão, foi salva por alguém que nem lhe conhecia...
Seu corpo estremeceu, será que tinha chegado o fim, uma vida justa, sempre servindo a sua pátria, terminando com um tiro, ele lembrou, lembrou da sua vida inteira, de quando jogava bola, do dia em que nunca esquecerá, aquele sorriso que ficou na sua memória, para ele tinha sido apenas reflexo, mas para ela uma vida...
Como um último esforço, ela se levanta, tenta mais uma vez sair, não consegue, vai enfraquecendo, cai de joelhos, resolve se entregar, desiste de lutar, ele porém não aceita, parece não acreditar, a bala encurta a distância, está menos de um palmo da sua visão, ele tem seu último pensamento, esboça um sorriso e cai, morto...
O frio desaparece, ela abre os olhos, está em algum lugar familiar, consegue lembrar aonde passou a noite, olha para o lado  e fica mais tranquila, consegue ver o mesmo rosto que a salvou a anos atrás, ao seu lado, sorri...
Ele acorda, com uma expressão de felicidade, ela está em sua frente, os dois se fitam por algum tempo, sem falar um única palavra, se abraçam...
Não estavam mais sozinhos, não estavam mais perdidos, estavam juntos...
Quando o coração consegue encontrar a sua felicidade absoluta, nada pode afastar aquilo que lhe espera...
E  quanto as flores??




Elas renascem, mais lindas e perfumadas quanto antes, e assim vão parar em alguma mão apaixonada...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Asas de Anjo...



Nas asas de um anjo eu coloco todas as minhas lembranças,
todas as minhas preocupações,
tudo aquilo que eu não posso manter comigo,
 se vai ser bom ou ruim quem sabe...
A gente acredita, 
não pensa muito, 
tem fé...
A cada dia eu vejo que  mais e mais lembranças me tomam,
 me levam para longe,
 me fazem voar,
me dão asas para poder do alto te vigiar,
 velar teu sono,
cuidar do teu dia,
te observar...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

As Horas...



Parece que as vezes ela nos desafia, passa tão rápido, quando vemos já é o fim...
Vivemos o tempo todo apressados, querendo chegar primeiro, sair primeiro, mas quando o final se aproxima, a vontade de parar o tempo é tudo que nos resta, não temos tempo para uma conversa, uma abraço parece mortal, o beijo de despedida é rápido para não atrasar o dia, como se estivéssemos com pressa de algo que não sabemos, no meio de um turbilhão de pensamentos parece que um se destaca, preciso ser o primeiro...
O primeiro a nascer, o primeiro a andar, o primeiro a falar, o primeiro a ir para escola, o primeiro a ter uma namorada, o primeiro beijo, a primeira vez... mas ninguém quer ser o primeiro a morrer,  quando se aproxima do fim, todos querem viver, mas não lembram que passaram a vida toda correndo, correndo dos medos, correndo atrás de um amor, correndo para não perder o ônibus, correndo horas na academia, correndo atrás dos sonhos, não percebem o quanto são alienados ao que acontece ao seu redor, choram ao perceber que a vida está seguindo, mas não conseguem sorrir ao viver, sabem teorias e mais teorias, tem ideologias, defendem  sua opinião até o fim, mas ao primeiro sinal de dificuldade, abrem mão, se escondem, o que adianta saber sobre tudo, se não sabem viver, enquanto isso as horas passam e o relógio da vida é regressivo, quanto tempo ainda temos para perder?  






" Passar horas triste ou sorrir sempre? 
Tic-Tac, Tic-Tac a escolha é sua, 
acerte os ponteiros do seu relógio 
e vá para o mundo..."

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Voe no sopro do vento...

Meus versos, como uma canção perdida, minha vida como uma canção em versos, sobre a cama ficam as páginas daquele velho caderno, aquele das folhas amarelas e rabiscadas, das poesias abstratas, aquele que arranquei folhas e te entreguei, pois é... ele anda tão esquecido, não só ele, as palavras que a tempos não passam mais em minha cabeça, talvez passem e eu não percebo, estando longe, tão longe, queria poder fazer as coisas sem me preocupar, mas não consigo, sempre vem a pergunta, sempre aparece a preocupação, será que não é normal, vou ali fora ver se o tempo está mudado, hoje o sol não veio, e com ele tanta coisa...
Pode ser acaso, não que essa seja a palavra, acaso... palavra bonita, do latim a casu, sem causa, como perdido no tempo e no espaço, como a revolta injusta por coisa alguma, só queria conhecer onde nasce a vontade de te ver, só queria saber como funciona essa máquina de nunca te esquecer, parei de correr e olha onde vim parar, esse é o meu lugar, é isso? O meu lugar ao lado seu sem ter lugar, a roda gigante que nos faz olhar além desse horizonte, não gira além do nosso sonho, e os braços que soltos se encontravam, travam, de que adianta pensar que nada é impossivel se os vãos da calçada se tornaram abismos...
Só pedi para o vento trazer a minha rosa de volta, pedi para ele soprar mais forte... talvez aquela folha volte... é pedir demais? Confesso que acordei vendo as coisas diferentes, é claro, a chuva é inconstante aparece de repente, mas como saber quando vou precisar estar de guarda-chuva...  Afinal, problemas são como o dente-de-leão, basta o vento soprar que eles voam para longe.



Música do dia:

Pés ao Chão

Os olhos fechados me levam tão longe
E é tão perto que quero ficar
Vejo fronteiras, além do horizonte
Seguindo o destino, vagando no ar

Nem o medo põe os pés no chão
Nem o medo lhe dirá quem estará
Sempre em suas mãos...

Visitei os motores que movem o tempo
E notei que os sonhos o fazem rodar
Vasculhei minha história e achei pensamentos
Que explicam esse jeito do tempo passar

Nem o medo o tem em suas mãos
 Nem sem medo sentirá que estará
Com os pés no chão
...Com os pés no chão estará...


Eu me rendi ao amor e ao seu acalento
Ao dormir nos seus braços eu pude sonhar
Vivendo a paz do sublime sereno
Desprezei esse medo de amar,
E vi o tempo esfarelando-se...

Coração de pedra disparou acelerado
Descobriu que o seu amor morava ao lado
Vai então abandonar a sua solidão

Quando essa força vem chegando de repente
Faz adulto tornar-se adolescente
E o universo todo vira uma bela canção...

o universo todo vira uma bela canção.








segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ouvindo o silêncio...



Saudades, a tempos não escrevia... Não só no blog, mas nas folhas perdidas de caderno, nos blocos de anotação, na minha memória, nos meus sonhos... Será que as palavras se perderam da minha vida? Será que chegou o momento de se calar, deixar tudo em silêncio?

Existem momentos, onde tudo que acontece parece ser premeditado, parece que seguimos um roteiro, uma sequência, a sequência da vida, aquela que decide se vais sorrir ou chorar, aquela que mostrará o caminho para encontrar aquilo que se procura, essa sequência, que pode ser torta, em curva, reta ou em parcelas, sempre nos guia pra algo que não esperamos, algo que não acreditamos, algo que aparece do nada, que muda totalmente as ideias, que coloca a realidade de cabeça para baixo, aquela que transforma o medo em coragem, a inteligência em ignorância, o real em irreal, o certo em errado, o momento em eternidade, eternidade essa que se arrasta levando a culpa de atos, pensados ou não, realizados ou não, apenas atos...

Escrevo hoje sem a mesma vontade que sentia, escrevo com um peso diferente, não peso material, mas na alma, parece que as palavras são todas arrancadas, parece que cada frase leva consigo uma força, não aquela força de vontade, mas aquela força estranha, aquela que você caro leitor, nos momentos de tristeza sente, nas vezes que se engana sente, quando lhe arrancam um pedaço, aquela que te faz chorar no silêncio, te faz sentir a dor mesmo sorrindo, que nas lembranças te deixa o gosto amargo, que nas noites te faz deitar e dormir sem pensar em nada... apenas vazio...  silêncio...

Silêncio, apenas silêncio, é mais uma noite, apenas mais um sono, apenas mais uma ideia... Silêncio, não acorde meus medos, não assuste meus desejos apenas observe, desse lugar onde ninguém te alcança, talvez possa estar chorando, não por mim, afinal quem sou eu... já não estou mais em pensamentos, quem dirá em seus sonhos, será que aquela torre, de tempos atrás da história de cavaleiros, será que ela continua tão alta?
Será que a história continua como era? Mudou... Será?

O som das músicas que antes eram lembranças de uma vida, agora são sons ecoados no fundo da minha mente, que amplificados pelo coração, aumentam a ressonância dentro do meu peito, produzindo ecos..
ecos... cos... ss..
Que a cada repetição me deixam nostálgico, alguns me dizem que sou garoto, outros para fazer cara de mistério, entre um vento e um mar, entre um infinita lembrança ou o refrão, sou trabalhador, ontem a tarde a ponte engarrafou, não vou viver... por alguém que só espera... Sobra tanta coisa, falta tanto espaço, e o palhaço do circo sem futuro, agora sem muita graça vai embora...

Como se isso fosse  a mesma coisa, como se não lembrassem das
Risadas sinceras que um dia já encheram as arquibancadas deste lugar, onde hoje habita o vazio solitário como concha no mar.
Que um dia ao ver sua colombina ele corria contente sem rumo ao luar, agora se sente dormente, buscando entender como se pode voltar.
Onde está o sorriso de alegria no instante em que lhe vejo, aquele calor que era o fogo do desejo.
A graça foi embora, a roupa guardada, a maquiagem lavada e o que sobrou foi isso. Alguém que ainda sorri mas não do jeito que gostaria, pois ainda resiste aos efeitos da nostalgia dos tempos de graça, tempos em que dificilmente voltarão, mas com certeza não foram em vão...

Espera, espera um pouco, a noite apenas começou e você já indica que vai embora... Você apenas chegou, sem pedir licença, sem ter convite, mas está aqui agora... não se vá... apenas voe...



"Voe por todo mar e volte aqui
Voe por todo mar e volte aqui
Pro meu peito...
Se você for, vou te esperar
Com o pensamento que só fica em você
Aquele dia, um algo mais
Algo que eu não poderia prever
Você passou perto de mim
Sem que eu pudesse entender
Levou os meus sentidos todos pra você
Mudou a minha vida e mais
Pedi ao vento pra trazer você aqui
Morando nos meus sonhos e na minha memória
Pedi ao vento pra trazer você pra mim
Vento traz você de novo
O Vento faz do meu mundo um novo
E voe por todo o mar e volte aqui
E voe por todo o mar e volte aqui
Pro meu peito... "





"Agora fique em silêncio... mas me acorde quando chegar a hora!!"











 


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um beijo em forma de rosa...

 Palhoça, 19/05/2010, Noite das estrelas envergonhadas...

 Ao ilustríssimo senhor  "Destino"...

Acorde, não fique esperando as mudanças, corra atrás das borboletas, a vida é muito corrida para esperar que tudo faça sentido, se nada parece estar certo apenas continue, não esqueça um agasalho para os dias frios, um guarda chuva para as tempestades e um sorriso para o resto do tempo, fuja do seu mundo, visite as nuvens longe do seu quintal, cante, mostre o quanto você é feliz, conquiste um coração ou muitos, mas não se esqueça de devolver, os olhos são cheios de armadilhas, tente se manter longe, mas se não for possivel, se entregue por inteiro, não deixe que qualquer diferença o faça se afastar, que qualquer sopro derrube suas esperanças, vá em frente, aproveite as oportunidades, seja sozinho, seja acompanhado, nunca deixe que um beijo fique para trás, que um abraço termine no começo, que um lábio se afaste, um inicio se transforme em lenda, deixe que falem o que quiser, viva o seu mundo, não se perca em pensamentos alheios a sua vontade, vontade, nossa vontade, ou deixe que o peito se entregue de vontade, se aventure, para que a vida não seja sempre um drama, ou um cómedia pastelão, deixe o seu espirito voar, ir além, procurar recanto em um lugar diferente, se arrisque, nunca se vive algo sem realmente tentar, nada em nossa vida é comparável, nada é previsível, se o que acontece é algo muito irreal, viva sua própria fantasia, cante sua própria canção, escreva sua própria poesia e nunca deixe a porta aberta, pois os tigres vem a noite, como o som de um trovão, levando tudo o que se pensa, tudo que se tenta esquecer, levando sonhos, levando lutas...

Durma, já não há tempo para pensar na vida, é tarde, o sono chega lentamente, como a picada fatal de um escorpião rei, dura o tempo necessário para um último suspiro, esqueça do passado, esqueça das noites de frio, esqueça as gotas de chuva escorrendo pelo telhado, apenas deite, feche seus olhos, não corra, a vida te espera, não tente, o momento certo há de chegar, deixe que as borboletas escolham seu caminho, afinal quem é você para mudar seu destino... apenas confie em si, nunca se apaixone, esconda seu coração, amores são como as flores, surgem na primavera e morrem antes de florescer, viva toda sua vida de uma vez, deixe aqueles sonhos para depois, afinal a vida é longa, uma longa caminhada, uma verdadeira jornada, apenas durma...

A escolha é sua, a vida é bela e incerta, depende de como você vê...

Ps:  Penso que a cada manhã, eu tomo a minha decisão, escolho um caminho, se decidi por algo que me parece distante, não me importa, as distâncias são reduzidas a cada olhar, a cada gesto meu corpo se aproxima do seu, ao alvorecer de um sorriso seu, meu corpo desperta do sonho e manda um beijo secreto, um beijo escondido, um beijo em forma de rosa, deixada no brilho de seus olhos, oculta na sua vontade e sentida pelo seu coração...


         Nota do Autor:  "Amanhece um novo dia, junto dele minha vontade, se de sonhos não se vive, leve o meu beijo em forma de rosa, daqui até a eternidade..."

Assinado: Willian Robson Moraes ( Poeta das Palavras Malditas )

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Aprendendo a voar...


Não sintas medo, é apenas o começo da caminhada,
 Ainda nem sabes o destino da tua jornada,
O rumo que sua vida vai seguir,
 Não tenhas medo,
O escuro é apenas solidão,
A ausência de luz em seu coração,
 Que derrama sombras dos pensamentos que você nunca pensou,
Enfrente,
 Levante o seu estandarte,
Vá a luta,
A batalha é gloriosa quando sabes o valor da guerra,
 Enfrente,
Derrube barreiras,
 Voe..
Ninguém lhe dirá o que podes fazer,
Viva,
A vida,
O amor,
As vitórias,
As derrotas,
Mas nunca se pergunte por quanto tempo,
Apenas viva,
Celebre,
Tenha um sonho,
Corra atrás desse sonho,
Não se esconda em seu mundo,
Abra as asas,
Se transforme,
Voe,
Voe como a águia,
Dance,
Dance como o vento,
Faça coisas que você nunca imaginou,
Sinta as emoções,
Ouça as coisas inaudíveis,
Veja tudo o que não se pode ver,
Sinta o seu coração,
Viaje em seus pensamentos,
E se nada disso parece possível,
Apenas Voe...

terça-feira, 30 de março de 2010

Passos e Segredos...


Dias e noites parecem todos iguais, o tempo é algo incomum, passa voando quando estamos felizes, quando vivemos algo bom, quando temos liberdade, mas se arrasta quando precisamos que ele passe, um caminho longo para algo pequeno, passos maiores para a caminhada dura, dificil, as vezes quase chegando ao extremo, mas sempre em frente, querendo chegar a algum lugar, abrindo os braços para um abraço ou apenas sorrindo...
Não digo que onde estou hoje seja muito longe de onde quero alcançar, mas a distância entre felicidade e loucura é muito curto, ao mesmo tempo que tudo esta certo, o certo vira avesso, afinal o mundo é redondo, hoje estou em pé, amanhã estou sentado, ou deitado talvez, mas nunca na mesma rotação ou movimento de translação, papo meio astrológico para alguém que está com sono, então vou mudar de assunto, estava pensando dia desses, sim eu penso de vez enquanto, pensava em onde poderia estar se imaginasse, descobri que tenho um mundo próprio, um lugar reservado só para mim, não lembro do nome mas isso é o de menos, pensei em alguma coisa que me fizesse feliz, saiu muita coisa impúblicavel, mas... deixa pra lá...
  Pensei em todos os momento que não pude voltar atrás, pensei em todas as decisões que tive de tomar, pensei em dinheiro, amor, amizade, enfim.. tudo!!  Descobri que pensar nas coisas me faz criar mundos paralelos, mundos onde deixo um pedaço de mim,  que agora são assim, pedaços, cada pedaço uma esperança, cada esperança um recomeço, cada recomeço uma novidade, cada história uma reconquista que se torna gloriosa, inenarrável, ou quem sabe pública, mas se torna única ou talvez cotidiana, sim cotidiana, pois a alma deixa de revelar aquilo que guarda em segredo, ou esconde os amores, as decepções, ou os medos...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"Nel perseguimento della felicità..."


Começa um novo ano, quer dizer, não começou agora, já faz alguns dias eu sei, e não é que eu estou ficando louco, mas são exatamente 00:36 minutos, é o começo de um novo dia, então fazem exatamente... 36 minutos do meu ano novo, enquanto alguns vão se perguntar o porquê, outros vão olhar e dizer, nossa é verdade, muitos esperam dias e dias, para chegar dia 31 de Dezembro e fazerem velhas promessas, reafirmar velhos laços, largar antigos vícios, esquecer amores ou até iniciar outros, mas não se dão conta que isso é besteira, celebrar a data do inicio do ano, mas nem lembrar do momento em que despertam, aposto amigo leitor, que as promessas podem nem ser cumpridas, que os desejos vão ficar apenas nos desejos, que a história de lutar pelo que se quer, não vai passar de um simples verso...

"A vida é cheia de decisões, algumas fáceis, outras nem tanto,caminhos tortos, cheios de curvas, incertezas, sonhos, acções, palavras, abraços ,beijos, pensamentos, frases mal ditas, frases nem ditas, frases de rascunho, arrependimentos, sentimentos, as vezes ao vento, ou apenas escondidos, mas guardados..."

Fico imaginando agora, depois de falar sobre promessas, sobre o ano novo, como todos devem estar imaginando o que fizeram fim de ano...

- Será que sou um desses que fizeram inúmeros desejos??
- Será que prometi fazer uma dieta??
- Arranjar uma namorada??

?Será que não é mais fácil, tentar viver mais?

Tentar esquecer de erros idiotas, brigas por causas desnecessárias... Tentar ser um pouco mais feliz, ser aquilo que demonstramos quando conhecemos alguém novo, ser natural, deixar de lado toda turbulência da cidade caótica, viver a vida em ritmo de bossa, na partitura de uma nova canção, acordar e imaginar um novo ano novo, um dia a mais, um problema a menos, acredito que tudo seria melhor, seria talvez mais fácil...
Se lamentar pelo caos de um terremoto, mas agradecer por estar vivo, chorar ao saber que a violência levou mais uma vitima, sorrir por olhar para frente e ver a pessoa que você ama...
Não quero ser hipócrita ou individualista, só quero poder acordar amanhã e saber que posso sorrir, posso escrever, que tenho olhos para enxergar e boca para falar, que tenho ideias para comentar e alguém a quem pensar, além disso, só desejo um feliz ano novo, hoje, amanhã, e depois, e depois, e depois... O fim, só acontece no final da última contagem regressiva, 10...9...8...7...6..5...4...3...2...1...




Eu acredito que se conselhos fossem bons, deveriam ser vendidos não dados, mas para finalizar, vou seguir o que todos fazem deixando um simples "Conselho..."


"Deixe de lado esse baixo astral
Erga a cabeça enfrente o mal
Que agindo assim será vital
para o seu coração
.
É que em cada experiência
Se aprende uma lição

Eu já sofri por amar assim
Me dediquei mas foi tudo em vão
Pra que se lamentar
Se em sua vida pode encontrar
Quem te ame com toda força e ardor
Pois só Assim sucumbirá a dor (tem que lutar)
Tem que lutar
Não se abater
Só se entregar A quem te merecer
Não estou dando nem vendendo
Como o ditado diz
O meu conselho é pra te ver feliz"