quinta-feira, 28 de maio de 2009

Almas distantes, separadas pela luz.


Me sinto perdido, talvez algo que não encontre um caminho,
ou encontre caminhos que nunca levam a lugar algum...
ahhh o destino, essa coisa louca que nos bota frente a frente
com as pessoas que queremos estar, e ao mesmo tempo nos isola,
nos esconde, nos mostra o futuro, e nos tira dele, nos faz andar na
trilha certa, mas de olhos fechados, como folhas ao vento, como a doce
e pura folha de outono viajando, voando sem saber o destino, solta nas
mãos da ilusão, mas qual destino?
o dela? o da árvore? ou só o destino do vento??
a rota dos pássaros, o sussurro de Deus, o sopro da vida!!!!
o lugar onde a imensidão se torna pequena, onde almas se encontram...
se os caminhos já tem rota traçada, então os passos seguem , o sorriso
cativante, e o verdadeiro espelhamento da alma, quando quero me
encontrar, tento ir dentro de mim, e me libertar em palavras, mas me
encontrei de outra forma, em outro olhar, em um lugar distante, e a cada
passo que dava, sentia mais forte a brisa, a cada lugar novo, um peso a menos,
e a caminhada contínua, não parecia me cansar, parece que flutuava, quis buscar
mais do que palavras, quis buscar o sentimento, corria atrás, e não alcançava,
então sonhei, sonhei com o quão bom era poder estar em qualquer lugar, o
quão bom era ter todo tempo do mundo, e acordar em um novo amanhã...
Tempo que nunca me acompanha, o momento em que tudo que se quer é saber,
saber sobre a vida, saber sobre você... Saber a razão de te encontrar, e não poder
estar junto... caminho que nunca se cruza, olhar que quer se encontrar, sendo uma
nobre alma perdida, o vento sempre me leva, e o que me resta é voar!!!
Como pena ao vento, como asa no escuro, um nobre devaneio, em um lugar distante,
queria saber escrever, com as palavras da minha alma, pois quando tudo adormece,
o sono leve e doce, a mente inquieta, o pulsar do coração, me leva a ir ao teu encontro,
e lá poderei ser teu!!!!!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Soñar Despierto

Nunca soube explicar, nunca quis saber direito, nunca me perguntei se era aquilo...
vivi um sonho, onde tigres vinham a noite, onde o mundo era perfeito, onde os desejos se
realizavam, onde as esperanças nunca morriam, casais nunca separavam, e todos sempre
sabiam o que fazer, nesse sonho acreditei que as noites belas de verão, sempre continuariam
belas, mas não percebi que de tempos em tempos, a estação muda, que o verão se vai, que só
o que fica são lembranças, músicas, poesias, fotos...
Não pude fechar os olhos, pois a tristeza cega aqueles que se rendem!!! Aos que buscam, sempre
há um fio de esperança, seja nas noites frias, nos dias quentes, ou nos momentos comuns, aqueles que nunca esqueceram, sempre mostram um sorriso doce, um olhar a frente, e o pensamento longe, seja de reencontro, seja de solidão, se o sonho parece impossível, reze, para que ele nunca acabe, viva a fantasia, reencontre com sua alma, nem que seja por uma madrugada ou uma eternidade, sonhe com o sonho, viva a vida, encante aos que precisam, e não esqueça aos que
te acalentam, enterneça aos eternos momentos, e esqueça que é um sonho...
Se as vozes suaves que sussurravam ao seu ouvido, não te falam mais nada, se as mãos que te
acariciavam, não são as mesmas, lembre que o sonhar foi preciso, lembre que o tempo não
corre ao contrário, os rios não voltam seus cursos, e as palavras não se repetem!!!
beijos não se revivem, abraços não te aquecem mais...
Quando podia ser qualquer coisa, escolhi ser humano, para estar ao seu lado, quando sua voz mudava minha vida, quando o sonho ainda era eterno, quando os trovões sussurravam seu nome, e a chuva mostrava sua beleza, eu provava o gosto da glória... agora
é tudo tão diferente, tudo tão escuro, e sem cor... O outono chega, derrubando sonhos, mudando planos e trazendo lembranças...
eu sonhei um sonho, dormi ao seu lado, e quando acordei, você tinha ido embora, o verão acabado, mas não fiquei triste, pois sonho acordado!!!!!




sexta-feira, 15 de maio de 2009

AS ASAS DO PONCHO


Seguir um sonho, reculutando os desejos de um domador pelo pago...
a milonga do dia é a estrada que termina, o baio chucro, o potro redomão, e a eterna
peleia, constante na vida de um peão, muy grato sou pelos dias em que a quêrencia
me acalenta, pelas noites a luz de uma lua campeando a escuridão, o chimarrão cevado,
sempre quente, ao lado dos companheiros de galpão...
o som de um chamamé ao fundo, fazendo o coração da gauchada saltar do peito, sair
pelo salão a dançar, no ritmo do trote de um tordilho, cambiando os pés ao som de uma gaita
pontiada, com o ritmo do coração, se a estrada me perece longa, agora não me desespero com
a travessia, pois sempre me encontro em forças para seguir, como as noites de alvorada, onde
lá de longe já se escutava, o tropear nos campos, de um baio a cavalgar, uma fumaça marcava
o local, de uma costela de atravessada, no meio das taipas, com o fogo véio, rasgando as noites
enluaradas, de uma invernada campeira, sempre bem acompanhada de uma moda fandangueira, as histórias de um peão, que apaixonado por sua prenda, se entrega de voz e coração, para declamar uma milonga...
essa é a vida gaudéria, um poncho, um tordilho negro, e um cusco preguiçoso, a herança
charrua que percorre os tempos, emala nos corações campeiros, e deixa o gosto do mate,
uma vida que não é a minha, mas sempre me faz querer contar esse cotidiano...
e sempre que uma milonga cabanha começa a ressoar, a alma charrua começa a despontar, louco para sair dançando, enquanto o coração louco de saudades vai troteando, sem saber em qual
galpão apear, e a vida vai seguindo, cada qual em seu lugar!!!!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

BETHEL



Acho que a caminhada é de certa forma difícil...
vivemos a correr, a tentar fazer tudo correndo,
vivendo sem tempo, sem paradas, apenas vivendo,
trabalho, escola, namoro, amigos, festas...
e acaba o dia e o tempo se foi, as vezes me pergunto,
porque Deus não me atendeu??
onde ele estava na minha caminhada??
muitos podem se perguntar onde está Deus,
outros podem seguir em frente e acreditar que ele
está do seu lado em todos os momentos,
eu por outro lado, vivo, minhas dúvidas sobre sua existência,
são nulas, pois em minhas andanças por ai aprendi a confiar,
deixar de me perguntar e viver, me solto, sou livre, sou apenas
mais um em meio a milhões, mas alguém que sabe que Deus existe,
são nesses momentos, um deles em cima da pedra branca,
que me fazem acreditar mais nele, estar no alto, ver a vida andar de cima,
estar ao lado das melhores pessoas, sentir o vento no rosto,
a liberdade na alma, e a vontade de gritar subindo a garganta...
estar no mesmo nível de voo dos pássaros, sentir a presença,
da natureza, em tudo que se vê, nas árvores, e bichos que lá estão,
sentir a força de uma amizade a 500 metros de altitude,
é algo maravilhoso.
Por isso acredito, que além das linhas em que pudemos ver, além das nuvens,
existe algo maior, e se for para pedir alguma coisa,
realmente só tenho a agradecer,
por viver, por sorrir, e por fazer o que eu quero sempre, algumas coisas,
podem não ser aquilo que esperava, mas aprendi a aceitá-las...
Pois não se vive uma vida duas vezes,
a chance de estar presente se torna única...
depois de saber o que é perder uma chance única,
se começa a aprender a valorizar mais aquilo que está perto,
e se o que se perdeu te parece distante, acredite, busque,
procure olhar para o seu objetivo e lutar, correr atrás do que se quer,
é estar mais uma vez buscando a Deus!!!!
então minha busca não se torna em vão...