terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Ao infinito e além!


O ano está chegando ao fim. Com ele as lembranças, os medos, as alegrias e decepções. Os momentos aproveitados e as oportunidades que nunca passaram na minha frente. As conversas que insistiram em se repetir, os versos que demoraram a sair. A tristeza da despedida, a alegria do reencontro. Um ano cheio de sentimentos novos e alguns mais velhos que o próprio tempo.

Gostaria de agradecer a todos que de uma forma ou de outra, me ajudaram a construir essa obra que nunca termina, que no caso chamamos de vida. Felicitar aqueles que foram meu porto seguro nas terras de Dom Quixote. Deixo aqui meu abraço de eterna gratidão, enfatizando a saudade que já sinto longe de vocês.

Enalteço também o agradecimento a todos aqueles que voltaram ao meu convívio. Aqueles que estiveram me esperando e fizeram por merecer os meu soluços silenciosos nas noites de solidão.

Espero que 2014 se abra de corpo e alma e duplique tudo o que 2013 me proporcionou, que todas as minhas metas se cumpram e que a felicidade esteja no topo dos meus sentimentos.

Por fim, venho por meio deste singelo texto avisar que estou de partida... Novamente uma viagem me chama, novamente tenho de arrumar as malas, deixar algumas coisas para trás e partir!

Estou embarcando para uma nova aventura, a incrível viagem ao centro de mim! Abandonei as velhas malas, que de tão surradas já não aguentavam o peso desse novo eu, anotei meu novo roteiro, levei algumas coisas comigo para não esquecer quem sou. Parti rumo ao além mim... Esta é a última chamada, senhores passageiros é hora de partir!


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Se incomoda ou acomoda?



Já longe da fúria, o mundo que encanta em prosa,
se de pé persiste a nossa cura, a vida nossa seria um pouco mais curiosa.

Se encantar com que se planta e colher o pouso da borboleta,
preparar, irrigar, adubar e principalmente aprender a deixar...

Sem texto, pretexto ou muito menos contexto!
Deixar de estar, tornar, vivificar;

Aprender a cantar e esquecer os males, tocar e encantar...

Seria essa a nova fé?

Deixar a correnteza levar, remar e perceber que ainda não se sabe nadar,
pois é isso que se ensina no berço:

- Minha doce criança, durma, não chore, não tenha medo, seja fraco e não ouse incomodar quem te faz dormir...



Essas são as palavras, que te cercam e te fazem esquecer onde a história termina... Seria melhor o ponto final.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Os segundos, os minutos, as horas...

“O mundo vai girando Cada vez mais veloz A gente espera do mundo E o mundo espera de nós....” (Lenine) 


 Em minha frente um grande relógio movimenta seus ponteiros num eterno ciclo, Tic, Tac, Tic, Tac... A cada movimento o sentimento que as horas estão se esvaindo, a cada tilintar algo que poderíamos ter feito, ter falado, ter olhado ou apenas ter aproveitado. Esses minutos que passam tão depressa, esse vai e vêm de carros que esconde o verdadeiro som da vida, essa pressa de ir a algum lugar, aonde queremos chegar?

 As noticias por mais distantes sempre passam ao nosso lado, fingimos nos acostumar diante de catástrofes, acidentes, mortes, ou mesmo estar e paz num mundo caótico, acontece que essa máscara de humano às vezes não consegue forças para manter-se, têm dias que apenas viver não é o suficiente, é preciso despertar e olhar para o mundo real, ver os verdadeiros sentimentos, muitas vezes devemos apenas nos entregar verdadeiramente as coisas, dar importância, sentir do fundo da alma sem pudor ou falsidade.

 Quanto tempo nos resta?

 Esse tic, tac pode ser um alerta, as horas se passam, a vida se passa, amizades, amores, alegrias, tristezas, o que você fez até agora? Olhe a sua vida neste exato momento... Se o seu relógio parasse agora, você estaria satisfeito com tudo que fez? Tic... Um abraço, um beijo, uma palavra amiga... Tac... Um carinho, um sorriso, um conhecimento... Tic... Um lugar novo, uma aventura, uma música... Tac... Uma ligação, uma foto, um novo amigo...

Quem foi esse homem que resolveu partir a vida em segundos, minutos, horas, dias?

Quem deu a esse homem a liberdade de contar os meus movimentos?

Quem no alto de seu conhecimento, resolveu achar que poderia controlar a vida de todos? 

Finalizando com as palavras de um grande homem, que viu sua vida passar depressa, porém aproveitava cada momento para ser feliz, atrás da grande tela, no alto da sua carreira Charles Chaplin escreveu: -“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.

 Façamos nosso esses ensinamentos, que aproveitemos cada momento!

 Eu penso que envelhecemos sim a cada minuto, a cada minuto que não aproveitamos, a cada minuto que não nos entregamos, a cada minuto que apenas deixamos os segundos passarem, a cada minuto que estamos pensando quando os minutos vão chegar ao fim...

domingo, 31 de março de 2013

Luz, câmera e ação - Rola a bola!



 Sabe destino, vem você aqui falar de novo, sussurrar essas suas “mal ditas” palavras, tirar o sono daqueles que te observam “trabalhar”, de onde vem essa sua malicia em mudar tudo quando quer? De onde vem esse seu jeito meio louco de provar que existe?

 Enquanto as mentes cansadas se entregam ao sequestrador sono, que leva nossas mentes a um lugar frio e escuro que nos mostra apenas a realidade irreal, a minha não para nem por um segundo, queria eu desligar a chave geral e reiniciar tudo amanhã de manhã, queria eu entrar na parte inconsciente do meu ser e finalmente ser sonho, mas tá difícil...

 Nessas horas onde a cidade está mais silenciosa que a mente de muitas pessoas, a minha grita palavras, ideias, imagens, sinais de que a vida já foi mais fácil e tranquila, que as preocupações já foram menores, que o passado pode ser uma boa lembrança ou uma armadilha mortal, principalmente para aqueles que o passado não passa. Onde ficou aquela cumplicidade de quando éramos jovens? Onde estão as pessoas simples e sinceras que já passaram ao nosso lado?

Cada vida uma história, cada história um segredo, de esconderijo em esconderijo nossa mente às vezes esquece qual a história certa, às vezes no mundo que criamos não podemos mais ser protagonistas, quem muito entende nada sabe e quem pouco pensa que sabe mais avança nesse rolar de dados viciados da vida.

Quantas histórias mal contadas, quantos contos mal interpretados... Aprendemos a fazer o melhor que podíamos no palco, mas a vida não tem coxia nem blackout que te faça trocar a cena, a comédia-drama-ação-aventura chamada vida mais uma vez nos mostra a cena seguinte e não nos permite repetir, nos coloca na frente da câmera e fala: - Ação!

 Se a fala for errada, a posição alterada, se a ação não encaixar com a música?



 Edson era um menino que adorava jogar futebol, acordava e dormia com a pelota em seus braços, corria todos os dias atrás da sua amiga como quem corre atrás dos sonhos, chutava a gorducha de um lado para outro. Um dia ao tentar um chute mais forte, Edson isolou a sua querida e amada esfera futebolística.

Como quem se perde no caminho, Edson perdeu o chão, para onde teria ido aquela na qual ele corria fervorosamente atrás? Edson nunca mais a encontrou. Viveu a vida inteira se culpando por ter abusado na força do chute...

O que Edson nunca soube é que sua bola de futebol sonhava em ser um objeto em órbita livre, sonhava em circular o planeta sem a influência de ninguém. O chute de Edson apenas colocou a bola em seu caminho certo e mostrou que a vida dela não era aquela que vivia. A bola viveu feliz para sempre, já Edson...

 Nunca conseguiu seguir em frente por achar que a bola só rolava quando ele a chutava!

 Fim

quinta-feira, 21 de março de 2013

Georgia on my mind!


Sentada a beira de um lago, como se aquela fosse sua última vista, admirando a perfeição com que as folhas dançavam ao vento, lembrando dos seus longos anos, das suas aventuras, dos seu amores, dos seus sonhos, das suas ambições, a vida pede mais uma chance...

Diante da confusão do dia a dia, do stresse, da monotonia hereditária, ou simplismente das angustias ou frustrações... A vida nos lembra que continuamos vivos, que ainda é tempo de "bailar al sonido del viento", aumentar o ritmo das batidas cardíacas, colocar mais ar no peito, mais sangue nas veias e mais samba no nosso dia a dia, o carnaval acabou ou nem mesmo começou?

Afinal, essa distância entre a cabeça e o coração é realmente decisiva, esse caminho sem sinalizações e sem paradas, sem freios e com um perigo a cada encruzilhada... Nos faz Tomar o controle, saber a direção, quem disse que para entrar nesse jogo é preciso saber jogar? 

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Georgia era uma menina simples e pura, olhar tristonho, em conjunto com suas roupas feitas de retalhos que sua mãe encontrava nas ruas, ela era o emblema da "Tristeza".

Um dia ao tentar entender o mundo louco onde vivia, Georgia se afastou dos seus sonhos, seguiu os desejos de outras pessoas, que sussurravam frustrações em seu ouvido, foi viver uma vida que não era a sua, conquistou 900 amigos, 500 confidentes e 30 propostas de casamento, mas mesmo assim não sentia seu coração feliz.

Tentou de todos os modos encontrar a tal da felicidade.

Em pilulas, em líquidos, em ervas, em tratamentos, em cursos, em dinheiro... Foi tentar buscar em outros países, em outras culturas, mesmo assim não obteve sucesso, fazendo com que a pobre menina desistisse de acreditar nos seus próprios passos.

Passou a viver a rotina, estudando, trabalhando, enfim... lutando cada dia para estar viva, com a cabeça no mesmo lugar e com os pensamentos cíclicos como a roda do destino. 

Um dia ao acordar, Georgia olhou-se no espelho e viu que tinha envelhecido, que os anos passaram depressa e ela nem tinha se dado conta, viu que estava no fim, que não lhe restava muito tempo... Então com um lampejo de lucidez Georgia se direcionou ao mesmo lago que uma vez sua mãe havia lhe dito: -Minha filha, meu tesouro, se um dia a vida lhe sorrir, simplesmente sorria de volta!

Com os olhos mareados, a cabeça a mil por hora e a imagem da sua mãe, Georgia a menina pura, de olhar tristonho, que hoje já não usava retalhos, finalmente entendeu o real sentido, largou a vida que não era sua, largou tudo que tinha juntado ao longo dos anos e rodopiou, com um impulso fora do comum, rodopiou e rodopiou novamente, para cair de vez no chão com um sorriso no rosto e os olhos de esperança.



Georgia hoje não mais vive a vida de outros, aliás ela não vive mais nem a sua... Ela finalmente foi atrás de seus sonhos ... Georgia por 5 segundos foi a bailarina que sempre quis ser e assim encontrou a felicidade, agarrou em sua calda e se para outro mundo, Georgia on my mind!

Fim.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Futuro?

Em memória a todos os futuros que hoje se encerraram de forma trágica...



 Onde estou? Que barulho é esse? Acho que está apertado, tem muita gente e pouco espaço, cadê a música? As pessoas estão correndo e não sei pra onde vão, não consigo enxergar quase nada, tem fogo por todo lado, essa fumaça está aumentando, vou sair daqui! Onde é a saída? Cadê luz no fim desse túnel? A porta é tão estreita, as pessoas estão descontroladas, ainda não entendo direito o que está acontecendo, estou seguindo todos, a fumaça está aumentando, sinto um peso em meu pulmão, tenho que sair daqui, meu futuro, minha família, minha vida...

 Quero ir para casa, aliás, queria não ter saído de lá! Parece que não consigo me mexer, todos estão loucos, a sobrevivência está despertando instintos primitivos, meu corpo frágil e pequeno não tem chance diante de todos esses pés, mas tenho que levantar! Estou aqui, será que não me percebem?

Tudo que estudamos... Tudo que aprendemos... Tudo que adquirimos agora é transformado em nada, apenas uma saída, apenas uma chance, o tempo que antes nas salas de aula se arrastava e insistia em não passar, agora apenas vai acabando aos poucos, as músicas que antes nos animavam e nos fazia dançar transformaram-se em gritos e apelos, a maquiagem que custa horas e horas para ficar pronta, a roupa que nos faz demorar tanto tempo, o sapato ideal, agora fazem parte do cenário, jogado ao chão sem nenhuma cor nem marca, sem nenhuma beleza, sem nada, somos todos iguais...

 Aquela é a saída? Ou aquilo é o fim? Consegui me levantar, estou de pé, consigo correr, já enxergo a saída, ela está ali, vou me libertar, vou conseguir! Espera... O que é isso? A saída está trancada? Quem é você? Comanda? Dinheiro? Tá pegando fogo! Quem é você para barrar sonhos, impedir o futuro, apagar minha vontade de voar, de preferir o dinheiro a vida, de apagar sorrisos, quem é você para decidir a minha vida, para deixar um vazio no coração das pessoas que amo, quem é você, que esqueceu o que é ser humano, que valoriza coisas fúteis, que exibe marcas ao invés de sentimentos...

Quem é você? Sinto-me sem forças, ninguém mais consegue sair, os gritos aos poucos vão se apagando, minha mente aos poucos vai passando imagens da minha família, meu corpo já não sente mais nada, mais uma vez enxergo uma luz no fim do túnel, será o fim? O mais triste não é pensar que tudo irá acabar, mas é pensar que não estou sozinho, que existem muitas mentes pensando em tudo isto, que estão nesse momento se perguntando: - Eu? Todo esforço, todo o cuidado, todo o carinho, todo o amor, toda a esperança, tudo que um dia achamos ser essencial se torna nesse momento...

Nada...

Diante deste momento a vida é simplesmente viver, como queria ter feito isso, como queria ter feito aquilo... Qual o motivo de deixar as coisas para depois, o depois nem sempre é azul e brilhante, o amanhã nem sempre é claro e certo... Ao que estamos dando valor? A quem estamos dando valor? Vale a pena guardar rancor e raiva? Vale a pena algumas atitudes que tomamos?

 Queria poder estar escrevendo isso, mas o momento não é favorável, minha voz não é escutada em meio a toda essa confusão, já no chão me entrego de corpo e alma, já sem nada a fazer apenas me deixo, entre sonhos e futuros que junto com a fumaça negra se dissipam pelo ambiente, que seja essa sua vontade, que seja esse meu destino, fim...

 Ass.: Um futuro, uma vida, um sorriso, uma nota 10 na faculdade, que diante da vida descobriu apenas ser humano...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Voa minha andorinha... voa!

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Aqui estou, passarinho que foge das horas, que voa de seu ninho, aqui estou, passarinho que canta só, que de noite sozinho, aqui estou, de alma e poesia rebobinando as fitas de uma vida, encobrindo as velhas feridas e tentando voar...
Passarinho que só se sente ou passarinho que sobe e se encanta, passarinho que acalma a mente, passarinho com grito preso na garganta, nobre prazer de voar em um ar puro, se a alma não acalenta a noite que não alumia o futuro, nobre cavaleiro andante que deixa armadura, espada e cavalo e encara mais uma vez o seu amor calado.
Nada de brisa leve, os voos que encaro hoje são em furacões, bem mais bonitos se vistos de dentro, mas bem mais esmagadores quando se está desprotegido, a pena que tenho ao rever minha vida de passarinho, é a mesma que deixei cair ao entrar nesta gaiola, ao tentar viver a vida mais leve fui pego em uma armadilha mortal, destas que a cabeça não esquece, mas basta um passo e zuuuuuuuup... 


O que era fim vira começo e o que era meio é esquecido.

Agora já tenho asas e um céu para percorrer, quis te trazer para cima para avistar o mais bonito céu, porém você gosta do dia chuvoso e me faz molhar as penas sempre, se quiser uma dica eu posso lhe dar, corra o mais rápido que puder e se atire, sem medo, sem receio, quem sabe um dia reaprenda a voar... Enquanto isso adeus minha andorinha, sei que um dia estivesse comigo, mas agora no chão queres ficar, se assim não te faço feliz me atiro e bato as asas...