quinta-feira, 21 de março de 2013

Georgia on my mind!


Sentada a beira de um lago, como se aquela fosse sua última vista, admirando a perfeição com que as folhas dançavam ao vento, lembrando dos seus longos anos, das suas aventuras, dos seu amores, dos seus sonhos, das suas ambições, a vida pede mais uma chance...

Diante da confusão do dia a dia, do stresse, da monotonia hereditária, ou simplismente das angustias ou frustrações... A vida nos lembra que continuamos vivos, que ainda é tempo de "bailar al sonido del viento", aumentar o ritmo das batidas cardíacas, colocar mais ar no peito, mais sangue nas veias e mais samba no nosso dia a dia, o carnaval acabou ou nem mesmo começou?

Afinal, essa distância entre a cabeça e o coração é realmente decisiva, esse caminho sem sinalizações e sem paradas, sem freios e com um perigo a cada encruzilhada... Nos faz Tomar o controle, saber a direção, quem disse que para entrar nesse jogo é preciso saber jogar? 

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Georgia era uma menina simples e pura, olhar tristonho, em conjunto com suas roupas feitas de retalhos que sua mãe encontrava nas ruas, ela era o emblema da "Tristeza".

Um dia ao tentar entender o mundo louco onde vivia, Georgia se afastou dos seus sonhos, seguiu os desejos de outras pessoas, que sussurravam frustrações em seu ouvido, foi viver uma vida que não era a sua, conquistou 900 amigos, 500 confidentes e 30 propostas de casamento, mas mesmo assim não sentia seu coração feliz.

Tentou de todos os modos encontrar a tal da felicidade.

Em pilulas, em líquidos, em ervas, em tratamentos, em cursos, em dinheiro... Foi tentar buscar em outros países, em outras culturas, mesmo assim não obteve sucesso, fazendo com que a pobre menina desistisse de acreditar nos seus próprios passos.

Passou a viver a rotina, estudando, trabalhando, enfim... lutando cada dia para estar viva, com a cabeça no mesmo lugar e com os pensamentos cíclicos como a roda do destino. 

Um dia ao acordar, Georgia olhou-se no espelho e viu que tinha envelhecido, que os anos passaram depressa e ela nem tinha se dado conta, viu que estava no fim, que não lhe restava muito tempo... Então com um lampejo de lucidez Georgia se direcionou ao mesmo lago que uma vez sua mãe havia lhe dito: -Minha filha, meu tesouro, se um dia a vida lhe sorrir, simplesmente sorria de volta!

Com os olhos mareados, a cabeça a mil por hora e a imagem da sua mãe, Georgia a menina pura, de olhar tristonho, que hoje já não usava retalhos, finalmente entendeu o real sentido, largou a vida que não era sua, largou tudo que tinha juntado ao longo dos anos e rodopiou, com um impulso fora do comum, rodopiou e rodopiou novamente, para cair de vez no chão com um sorriso no rosto e os olhos de esperança.



Georgia hoje não mais vive a vida de outros, aliás ela não vive mais nem a sua... Ela finalmente foi atrás de seus sonhos ... Georgia por 5 segundos foi a bailarina que sempre quis ser e assim encontrou a felicidade, agarrou em sua calda e se para outro mundo, Georgia on my mind!

Fim.

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