quinta-feira, 16 de abril de 2009

Um Devaneio Cotidiano


Me vi num futuro, imaginei como seria,
a mudança completa de tudo que eu sou...
que eu conheço, que eu busco!!!!
poderia estar melhor, poderia ser tudo
que eu queria, mas o futuro está longe,
procuro me concentrar no agora, no presente,
primeiro porquê ele está presente,
depois porquê tudo o que serei no futuro,
será apenas o reflexo do que eu faço hoje,
podem achar que eu vivo as coisas muito rápido,
podem me culpar por vários motivos,
mas sempre lhes retribuo com um sorriso...
de nada adianta o perdão se aquilo que se culpa,
sempre volta para uma visita, de nada adianta a
despedida, quando tudo que se quer é voltar,
se as coisas passadas te fazem feliz sempre,
o passado não foi tão distante assim,
se a despedida se tornou vital,
porquê deixar que o dia dia volte a ser normal,
a tormenta se torna embalo, de coisas que as vezes
nos culpamos, de fato em fato, cada dia mais nos tornamos
aqueles que um dia abominávamos, essa palavra me soa estranho,
abominar me lembra o tal das neves, que não vem ao caso,
mas mesmo assim quando me vi no futuro,
aquilo que falava quando comecei,

me vi pela primeira vez decidido, estranho, mas decidido,
talvez eu ainda vá passar por muitas coisas qua me farão entender
essa confusão, mas lhes garanto, nada como essa liberdade,
não a liberdade que gostariamos, talvez que desejamos, mas liberdade,
de cantar, de pular, de gritar, de amar... sim de amar!!!
tenho certeza de que nunca perdi, minha flor,
sim minha doce e linda flor...

que um dia pude ter em minhas mãos, mas que se foi,
por vontade própria ou não mas se foi...
e se concerteza um dia te tocarei de novo,
irei sentir aquele perfume, aquela maciez e delicadeza de sua pétala...
se um dia poderei te guardar em minhas mãos tenha certeza,
de que não serei como nenhum outro, pois serei eu mesmo,
não será como antes, pois lembre-se que flores de jardim,
nunca se adaptam aos vasos em que são colocados...

Hoje eu estou me lembrando de várias coisas, lembrei que tinha de postar, então para
ter bastante coisas para os que me visitam, um texto feito em uma das muitas aulas
produtivas da faculdade!!!


SENSAÇÂO DE AUSÊNCIA


Hoje o dia parece cansado, olho para fora vejo solidão, as gotas de chuva caindo vagarosamente, sobre folhas inertes, o escuro se dissipando, o luar afogado pela imensidão, os horizontes não tão distantes, o brilho ofuscado, apagado e o que era noite torna-se o nada, e o que era o nada torna-se a madrugada, em noites assim quando se vê quando os olhos fecham, um ponto, um foco se torna iluminado, na penumbra uma fagulha, de algo que não se sabe, algo que não se conhece, queria que me olhasse, ou até pudesse tocar, seu olhos são meros enganos, o brilho que deles me encantam, dizem muito mais do que você quer me falar, seu sorriso parece disfarce de algo que pode ser falso, mas não escondem o peso da dor. Queria saber teu segredo, saber de onde que vem o seu brilho e se for do desejo que tens, prazer, sou teu de corpo e alma, para sempre...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Via Crucis



Sempre busquei o máximo, sempre quis atingir o ponto mais alto...

nas escaladas para buscar o êxtase, muitas vezes não consegui,

escorreguei, mas nunca desisti de tentar... me esforço,
subo nível por nível...

chego a pontos onde muitos dizem ser impossivel, mas eu os passo... eu os venço!!!

encontro vários obstáculos pelo caminho, nenhum que eu não consiga passar...

as vezes tomo o caminho errado, mas sempre sei a hora de voltar
e tentar ir para outro lado...

se um dia conseguirei não sei, será que quando chegar vou estar sozinho, não sei...

a única certeza que tenho é o desejo de subir mais!!! ao olhar as coisas do alto,

com certeza estarei mais perto de deus, e lá de cima, estarei feliz!!


"O homem pode ter suas fêmeas Mulheres podem ter seus machos Tudo é possível no amor Só não volta a infância perdida Só não nos livramos de morrer à toa O amor pode não ter ciúme A dor pode ser disfarçada Mas a via-crúcis do corpo Já foi há muito traçada Meu Deus, estamos abandonados E só nos resta matar Meu Deus, como a vida é amarga E doce como chocolate Será que eu tenho um destino? Não quero ter a vida pronta Como um plano de trabalho Como um sorvete de menta Matei, mataria mil vezes E mil vezes não me arrependeria Quem mata por amor tem perdão Porque o amor é a morte A comida na mesa Os vasos de jasmim O corpo do ser amado Enterrado no jardim Deus, por que não me procuras? Tenho sempre que ir a ti Deus, estamos cansados Está tudo desequilibrado Meu crime é um crime comum Minha infância está perdida Não há nada demais em matar O escroto que não te ama A via-crúcis do corpo O mundo caminha assim A via-crúcis da alma Essa nunca vai ter fim "