segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sob o sol de janeiro...



Um dia de verão. Sob o árduo sol de Janeiro, minha mente volta a infância, relembra os dias em que acordava para jogar bola, que brincava descalço queimando a sola do pé e mesmo assim nunca parava de me divertir, hoje em dia é raro o momento de aproveitar o sol, aliás, aproveitamos sim, observando como ele brilha lá fora, enclausurados lutando para que um dia, quando chegarmos a aposentadoria, possamos deitar numa rede olhando o horizonte e ouvindo o mar, enquanto isso, a vida passa, se vai demorar ou não, o sol ainda brilha, o vento sopra, e o cotidiano ainda é cotidiano.

Engraçado, mesmo sabendo que amanhã vai ser melhor, a sensação de ausência ainda volta a bater na porta dos meus pensamentos, estar “completo” e sentir falta de algo não me parece normal, queria sentir aquela vontade, aquele entusiasmo que me fizeram estar onde estou, mas o combustível que me leva a encarar a realidade, esta entrando em extinção...

Muitos dizem para levantar a cabeça e seguir, como se eu não soubesse... Bom, mas pensando bem, os tempos são outros, são novos ares, novas realizações, que demoram a serem realizadas, mas ainda são realizações, não existe mais tempo para reclamar... Parafraseando Fernando Anitelli “Quanta mudança alcança o nosso ser...” se é para viver, que sejamos felizes todo tempo, ainda é tempo de “Carpe Dienzar”... Porque Não...


"Olhando o sol brilhar pela janela, vejo que os dias passaram...
já é Fevereiro e eu ainda nem reguei meu jardim..."

Alguém me acorde!!

2 comentários:

  1. Ver e não sentir o tempo passar é normal quando se vive aparentemente feliz, ou quando precisa-se de "um tempo" do mundo...

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